Agora que o pós-pandemia se aproxima, fica o questionamento: como adaptar a gestão de riscos à nova realidade? Lembrando que, um bom programa de gestão de riscos é essencial para atrair investidores e clientes, pois é ele que reduz as ameaças à longevidade e reputação de uma empresa.
Um dado interessante é que, segundo o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), 80% das empresas brasileiras de capital fechado contam com pessoas responsáveis pelo compliance, ou programa de conformidade, seja um profissional específico para isso ou que exerça funções relacionadas, como por exemplo, o responsável jurídico.
É importante que líderes na gestão de riscos componham um time de acionistas para mapeamento de riscos que combine a técnica e o expertise de negócio necessários para tomar decisões sobre riscos de forma inteligente e ágil, bem como estabelecer políticas e procedimentos de gestão implementando os controles adequados. Quanto à tecnologia, é necessário desenvolver infraestrutura de TI capaz de centralizar e contextualizar a informação sobre a gestão de riscos. É importante saber usar a tecnologia não apenas de forma reativa, mas de forma proativa, incluindo os seguintes itens em um acervo de tecnologia:
- Intelligence analytics para riscos geopolíticos, desastres naturais e outros incidentes
- Ferramentas de avaliação de riscos de terceiros para monitorar sanções, incidentes de segurança e saúde financeira
- Sistemas de segurança para assessorar o impacto potencial de vulnerabilidades, brechas e ataques cibernéticos
- Monitorar redes sociais para gerenciar a reputação da marca
Muitas empresas estão olhando para a gestão de riscos como uma forma de aumentar a sua capacidade competitiva, em vez de simplesmente evitar situações ruins, sendo que, nesse cenário, o diretor de riscos atual, ou transformacional, é aquele que enxerga o risco como uma vantagem competitiva, uma contraposição ao diretor de riscos tradicional, que foca apenas em minimizá-los. Cada vez mais, as empresas estão se voltando para ferramentas integradas que possibilitam novas funções e benefícios:
- Apresentam uma visão holística de riscos na organização em um único lugar (dashboard)
- Capturam indicadores principais para mostrar as tendências dos riscos
- Promovem accountability pelas ações tomadas para mitigar os riscos
- Promovem relatórios em tempo real para ajudar em decisões de gestão
Se formos escolher uma única palavra para a gestão de riscos em 2022, essa palavra é “transparência”. Isso porque a pressão por ser ou fazer aquilo que a empresa prega ou se compromete a respeito está cada vez maior. Portanto, as empresas deverão de fato cumprir seu planejamento, se esforçar para atingir metas, investir em boas práticas de compliance, evitar o greenwashing e atender às demandas da sociedade que, cada vez mais, deseja ver mudanças reais e eficazes. Ainda estamos em uma fase de transição, mas já é possível afirmar que o discurso vazio não mais manterá uma empresa em pé, ao contrário, será seu “calcanhar de Aquiles”.
O ano de 2022 começou com muitos desafios. Mas são exatamente os desafios as melhores oportunidades para revermos conceitos, inovarmos, aprimorarmos processos e focarmos naquilo que é mais importante: Saúde, Prosperidade, Aprendizado e Legado!
Por isso, chegar em 2022 com tantas perspectivas é um sinal de vitória e, nessa nova etapa, a Bi2 Partners quer estar ao seu lado para assessoria em compliance, finanças corporativas, litígios e disputas, projetos de infraestrutura e ESG (Environmental, Social, Governance). Conheça nossos serviços: https://www.bi2partners.com.br/ e conte conosco! Boas festas e um ano de 2022 repleto de realizações e com muito propósito!
Denise Debiasi é Senior Managing Director da Bi2 Partners, associada exclusiva no Brasil do Berkeley Research Group (BRG) e J. S. Held, consultorias globais especializadas em programas de compliance e investigações globais. Denise é especialista em governança e finanças corporativas, gestão de riscos de fraudes e contabilidade forense. Professora da FIA (Fundação Instituto de Administração) e Conselheira do IBEF / MG (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças) – Cátedra Diversidade e Inclusão.