Empresas existem para ajudar pessoas

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Qual é a razão de existência da sua empresa? Não sei qual é exatamente o ramo de atuação nem qual é a missão empresarial dela. Contudo, posso garantir que ela existe para ajudar as pessoas, físicas ou jurídicas. Aí está a graça do empreendedorismo e do capitalismo. As organizações nascem e crescem tendo como objetivo central fazer algo de positivo para a sociedade. É impossível almejarmos uma companhia de sucesso sem que ela resolva problemas dos consumidores e sem que torne o dia a dia dos clientes melhor. Quanto mais grave for o problema resolvido e quanto mais eficiente for a solução oferecida, maior será o valor de mercado e a força da marca dessa empresa.

Por isso, fico sempre com um pé atrás quando vejo indivíduos demonizando o universo corporativo e o sucesso empresarial. Pode reparar: sempre existe alguém reclamando do crescimento das empresas bem-sucedidas, do lucro alcançado pelas organizações prósperas e do poder de influência das grandes companhias no mercado. Juro que não entendo esse olhar enviesado se as empresas, em mercados onde a livre iniciativa reina absoluta, só chegaram ao patamar elevado de êxito através do atendimento às necessidades e aos desejos do público consumidor. Não é um contrassenso reclamar de quem mais contribuiu para a qualidade de vida das pessoas?

Aí alguém pode argumentar: nem todas as grandes empresas são benéficas para a sociedade! Há aquelas que acabam prejudicando os clientes. Sim. Concordo com essa visão. A questão é que uma vez identificadas as práticas maléficas de uma corporação, sua imagem, marca, credibilidade, produtos e serviços desabam e ela sofre para se manter aberta. Invariavelmente, o destino de quem não preza pelo bem-estar, pela felicidade e pela integridade dos consumidores é a falência ou a perda de relevância. Todo dia assistimos a empresas que sucumbem frente a escândalos de mal atendimento ou de descaso com o público. A consequência negativa pelo trabalho realizado incorretamente só prova que a essência da empresa capitalista é fazer o bem para os clientes, resolvendo seus problemas e entregando produtos / serviços que melhorem o dia a dia da sociedade.

E por que estou falando sobre esse tema em minha coluna? Porque, infelizmente, tenho visto várias organizações que estão passando por graves crises de credibilidade tanto no Brasil quanto no exterior. Basta abrir os jornais, passar os olhos nos portais de notícias e dar uma navegada nas mídias sociais para vermos mais um exemplo de companhia em crise por não atender adequadamente os clientes. Por um lado, admito que fico decepcionada ao constatar que há ainda empresários, executivos e gestores que fogem dos conceitos fundamentais da administração empresarial. Por outro lado, fico feliz de saber que as exceções às regras estão sendo extirpadas do mercado.

Somente com a saída de cena de quem não contribui positivamente com a vida dos consumidores é que teremos um sistema capitalista e uma dinâmica empresarial mais sólidos e vigorosos. E é separando o joio do trigo que conseguiremos mostrar para as pessoas no dia a dia que o fundamento das companhias privadas é promover o bem e não o mal para a sociedade.

Denise Debiasi é CEO da Bi2 Partners, reconhecida pela expertise e reputação de seus profissionais nas áreas de investigações globais e inteligência estratégica, governança e finanças corporativas, conformidade com leis nacionais e internacionais de combate à corrupção, antissuborno e antilavagem de dinheiro, arbitragem e suporte a litígios, entre outros serviços de primeira importância em mercados emergentes.

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